quarta-feira, 25 de abril de 2012

Os grandes temas da RIO+20

A oito semanas do início oficial das atividades da Rio+20, negociadores políticos, representantes de empresas e de organizações não-governamentais perdem o sono, literalmente, em debates, exclusões, negociações, acréscimos e novos debates sobre os principais itens que, hoje, resumem os temas de destaque da conferência. 


Excetuando a criação de Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) – que goza de certa unanimidade entre todas as partes, até mesmo porque se alinha diretamente com o tema guarda-chuva da Rio+20, os demais assuntos dividem opiniões.

Os oito pontos mais importantes e polêmicos da conferência sobre desenvolvimento sustentável que acontecerá em junho, no Rio são: Transição para economia verde, Novos índices para medir o progresso, Segurança alimentar e nutricional, Acesso a água, Expansão do uso de energias renováveis, Novo arcabouço da ONU, Criação dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e GESTÃO DOS OCEANOS.

Gestão dos Oceanos



O que está em jogo: Criar novas regras para regular o uso das águas oceânicas para comércio, transporte, exploração de petróleo e atividade da pesca, considerando que isso é vital para o equilíbrio da oferta de águas pluviais e potável, do clima, da oferta de alimento e até mesmo do oxigênio do ar que respiramos, elementos que dependem do equilíbrio do ecossistema dos mares.

Quem lidera: O Small Islands States (denominação em inglês para o coletivo formado por países insulares) e os países europeus, especialmente França, com foco no impacto da degradação dos oceanos sobre as atividades pesqueiras. O debate gera enorme polêmica para Japão, Canadá e Rússia, países que temem a aprovação de cotas de pesca, conforme descrito no Parágrafo 80 da Minuta Zero. É delicado também para países exploradores de petróleo, como o Brasil, por conta dos riscos causados à biodiversidade em caso de acidentes com derramamento de óleo. Mas o governo brasileiro está ativo na busca de um novo acordo no âmbito da Convenção sobre o Direito do Mar, que inclui a conservação e o uso sustentável da biodiversidade dos mares em áreas fora da jurisdição nacional.

Com foco em iniciativas que regulem, por exemplo, a pesca intensiva a fim de preservar a biodiversidade dos mares – única fonte de alimentos para 1,5 bilhão de pessoas - países como Japão, Canadá e Rússia temem perdas comerciais – e ficam contra.

Até mais

Ace

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