Um dos temas de maior discussão
no espaço dedicado a união das organizações da sociedade civil e movimentos
sociais e populares de todo o Brasil e do mundo - Cúpula dos Povos - foi a construção
da hidrelétrica de Belo Monte. Esse tipo de ação governamental foi repudiada
nas assembleias e plenárias, já que para sua instalação é necessária a
devastação e alagamento de amplas áreas, destruição do habitat aquático, além
dos conflitos sociais gerados para as comunidades indígenas desta região.
Entretanto, este espaço não foi
nem um pouco valorizado, comparando-o com as atividades realizadas pela Rio+20,
que dispunham de espaços com uma melhor infraestrutura e organização, mas que
tratava do conceito de sustentabilidade como um “negócio verde”, sem se
importar com as comunidades ou os benefícios que um mundo sustentável gera a
população, mas apenas com a viabilidade
financeira das propostas e com a ideia de economia verde – um novo disfarce
para o capitalismo – como conceito base de praticamente todas as atividades.
Durante o período da Rio+20
existiram diversas atividades paralelas no Rio de Janeiro, relacionadas ao tema
“sustentabilidade”, além da Cúpula dos Povos. Entre elas a “://HUMANIDADE2012”, que ocorreu durante os dias 11 à 22 junho no
forte de Copacabana e foi uma iniciativa da FIESP, FIRJAN, Fundação Roberto
Marinho, Senai-Rio, Senai-SP, Sesi-Rio, Sesi-SP, com patrocínio da Prefeitura
do Rio, do Sebrae e da Caixa Econômica Federal.
HUMANIDADE2012 tinha uma
estrutura formada de 105 painéis temáticos e contou com cerca de 210 mil
visitas, além de plenárias de discussões com representantes de organizações
internacionais governamentais e de empresas privadas onde era proibida a
entrada de pessoas não credenciadas e os ouvintes não tinham chance para
perguntas ou colocações . Entretanto a maioria das salas continha um conceito
distorcido de sustentabilidade onde, por exemplo, se valorizava a mecanização
no campo e implantação de hidrelétricas. Conceitos estes, discutidos amplamente
na Cúpula dos povos, como sendo inviáveis dentro da proposta de um mundo mais
verde e sustentável.
A mídia tratou da cúpula como uma
manifestação cultural dos povos, mas essa não era a realidade do evento, que
contou com manifestações diárias dos movimentos sociais contrárias ao que
estava sendo acordado na Rio+20 e às injustiças sociais e ambientais causadas pelo
atual modelo econômico de desenvolvimento, além do descaso com o qual o governo
vem tratando as questões relacionadas ao povo colocando como prioridade os
interesses de poucos e visando, assim, o crescimento a qualquer custo.
Essa semana vou me interar novamente dos assuntos do Movimento Estudantil Grevista e posto aqui pra vocês, mas acho que essa greve vai longe ainda!
Falow ai galera!
Carol Amorim
Carol Amorim
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