quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Baleias-assassinas precisam de suas mães… mesmo na vida adulta
Seu nome intimida, mas um detalhe de suas vidas pode manchar a reputação de “machões”: as baleias-assassinas (também conhecidas como orcas) precisam de suas mães por perto mesmo depois de adultas – sem esse apoio, suas chances de morrer aumentam consideravelmente.
Esses animais podem viver até cerca de 50 anos, e normalmente têm suas crias aos 30. O fato de sobreviverem por tanto tempo depois da idade reprodutiva é bastante raro no mundo animal, e dificilmente teria surgido sem uma boa razão evolutiva. Segundo especialistas, o fenômeno permite que as orcas ajudem seus filhos a sobreviver até que atinjam sua idade reprodutiva.
Parece “superproteção”? De acordo com estudo recente, feito por pesquisadores da Universidade de Exeter e da Universidade de York (ambas da Inglaterra), a ajuda da mãe é fundamental para as orcas. “Nossa pesquisa mostra que, para um macho com mais de 30 anos, a morte de sua mãe aumenta em 14 vezes as chances de ele mesmo morrer no ano seguinte”, aponta o biólogo Darren Croft, principal autor da pesquisa.
Para chegar a essa conclusão, Croft e seus colegas analisaram dados coletados ao longo de 36 anos sobre mais de 500 baleias-assassinas que viviam em águas canadenses e dos Estados Unidos. Curiosamente, os dados mostraram que essa dependência em relação à mãe é uma exclusividade dos machos – fêmeas adultas tiveram apenas 3 vezes mais chances de morrer um ano depois da morte de suas mães, e fêmeas jovens mal foram afetadas. Os pesquisadores ainda não descobriram como, exatamente, a mãe ajuda o filho a sobreviver, e pretendem fazer novas investigações.
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