terça-feira, 23 de outubro de 2012

Projeto de U$ 1 bilhão planeja trazer amostras do manto da Terra


Estudar amostras dessa camada poderia ajudar os cientistas a responder importantes perguntas sobre as origens e a evolução da Terra: quase todo o fundo do mar e os continentes são originários do manto.

A ideia de estudá-lo, apesar de brilhante e interessante para o conhecimento humano, só deve se concretizar em meados de 2020. Isso porque ainda precisamos aperfeiçoar nossa tecnologia e reunir todo o dinheiro necessário para tal empreitada: cerca de US$ 1 bilhão (R$ 2 bilhões), para perfurar 6 km abaixo do fundo do mar e alcançar o manto da Terra.

Chegando ao manto
A fim de trazer amostras do manto, a equipe de cientistas precisa encontrar uma maneira de atravessar rochas ultraduras com 10 km de extensão através de tubos de perfuração, um verdadeiro desafio técnico. O buraco que os tubos perfurarão será de apenas 30 cm de largura do fundo do oceano ao interior do manto, um feito incrível de engenharia.

A tarefa fica ainda mais complicada pelo fato de ser realizada no meio do oceano. A perfuração precisa acontecer lá porque no oceano é a onde a crosta da Terra está mais fina, em torno de 6 km, em comparação com cerca de 60 km em terra. A equipe já identificou três possíveis locais, todos no Oceano Pacífico, onde a empreitada seria possível. Para finalizar, também precisaríamos atracar com segurança um navio enorme sobre as partes mais profundas do Oceano Pacífico.

A boa notícia é que um provável “navio explorador do manto” já existe: o navio japonês Chikyu, que já estabeleceu novos recordes mundiais para o buraco científico mais profundo feito no mundo.

A broca desse navio chegou a 2,2 km no fundo do mar recentemente, e é capaz de chegar muito mais longe. O problema é que a tecnologia de perfuração precisa melhorar antes disso, já que as brocas de Chikyu duram apenas cerca de 50 ou 60 horas antes de precisarem ser substituídas, o que hoje faria com que o projeto levasse anos.

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