sexta-feira, 26 de julho de 2013

Moradores da Ilha dos Marinheiros debatem Saneamento Básico


Cerca de 30 pessoas compareceram no Salão Comunitário Santa Cruz, na Ilha dos Marinheiros, para contribuir para a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico na tarde de sábado (20).

O encontro, coordenado pelo secretário-adjunto da Secretaria de Município do Meio Ambiente (SMMA), Wagner Silveira, contou com a presença dos engenheiros Carolina Heck e Cristian da Silva, da Engeplus Engenharia e Consultoria Ltda, empresa responsável pela execução do projeto no Município.

O objetivo das audiências públicas é identificar os problemas atuais e futuros, relacionados ao saneamento básico, discutir soluções e criar alternativas para resolvê-los. Essa foi a 12ª audiência pública sobre o tema, realizada pelo Município.

Dentre as principais questões apontadas pelos presentes, destaque para a qualidade da água, a ausência de saneamento básico, a irregularidade da coleta de lixo e da coleta seletiva.

Com prazo previsto para dezembro de 2013, a lei 11.445 estabelece que os municípios devem elaborar planos individuais de saneamento. Aqueles que não cumprirem a determinação perderão recursos federais.

Segundo um estudo elaborado pelo Instituto de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), boa parte dos moradores da Ilha dos Marinheiros não têm água potável canalizada e consomem água oriunda de poços subterrâneos. Com o objetivo de contribuir com a discussão, o acadêmico Horácio Rodrigues decidiu compartilhar a sua pesquisa com o poder público e com a comunidade e apresentou alguns resultados durante a audiência.

Segundo o estudo, intitulado “A água do seu poço é ferruginosa? O conhecimento acadêmico a serviço da comunidade”, orientado pela professora Maria da Graça Zepka Baumgarten, das 309 casas avaliadas em cinco áreas distintas da Ilha, 41,7% possuem água predominantemente ferruginosa, acima dos índices considerados saudáveis, podendo ocasionar problemas de saúde.

Rodrigues comentou que cópia do estudo foi entregue à Secretaria de Município de Meio Ambiente (SMMA) e ao Gabinete do Prefeito e que as pesquisas terão continuidade a partir de um financiamento do Ministério da Educação (MEC). Soluções simples, como a utilização de filtros caseiros e um pouco mais complexas, como adaptações em caixas d’água para decantar o ferro presente na água foram indicados pelo estudo como soluções para amenizar o problema.

Segundo o pesquisador, a água é um dos grandes desafios do Plano Municipal de Saneamento Básico na região das ilhas.

fonte: Jornal Agora

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