Cameron desceu a bordo do batiscafo (uma espécie de minissubmarino) Deepsea Challenger, construído especialmente para a aventura. Mais de 180 sistemas eletrônicos compõem o equipamento, que garante que a pressão dentro da cabine permaneça constante mesmo durante a descida.
Com apenas 1,09 metro de largura, e ainda cercado de câmeras, o interior da esfera é tão pequeno que Cameron tem de se manter de joelhos e mal consegue se mover quando está dentro do aparelho. A experiência claustrofóbica, porém, não impressionava o piloto. Em um post no Twitter, logo após chegar ao fundo da fossa, ele brincou: "Acabei de chegar ao ponto mais profundo do oceano. Chegar ao fundo nunca foi tão bom. Mal posso esperar para dividir com vocês o que estou vendo".
A Fossa das Marianas é o local mais profundo dos oceanos, atingindo 11034 metros de profundidade. Localiza-se no Oceano Pacífico, a leste das Ilhas Marianas, na fronteira convergente entre as placas tectónicas do Pacífico e das Filipinas. Geologicamente, a fossa das Marianas é resultado geomorfológico de uma zona de subducção.
A tecnologia que dá suporte a Cameron parecia ficção científica 52 anos atrás, quando o tenente americano Don Walsh e o cientista suíço Jacques Piccard chegaram à fossa. A operação conduzida pela dupla durou apenas 20 minutos, e o batiscafo Trieste levantou tanta areia que não foi realizado qualquer registro visual do feito.
Cameron, Walsh e Piccard foram os únicos três a conhecer a fossa. Enquanto isso, 12 homens andaram pela superfície da Lua, e cerca de 500 viajaram para o espaço. Um retrato de como, mesmo em nosso planeta, há locais enigmáticos para a ciência.
Fonte: NatGeo e BBC
Até mais,
Ace
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