domingo, 15 de julho de 2012

Destino Oceanógrafo-- Islândia

O mais jovem país da Europa - geologicamente falando - ainda está em formação. Um pouco por todo o lado, no alto das montanhas e debaixo dos glaciares, há um rio de fogo que vai modificando a paisagem primitiva da ilha. Um olhar sobre a Islândia.


A Islândia é um país nórdico insular europeu situado no Oceano Atlântico Norte. O país possui uma população de cerca de 320 000 habitantes e uma área total de 103 000 km². Sua capital e maior cidade é Reiquiavique, cuja área metropolitana abriga cerca de dois terços da população nacional. Localizada na Dorsal Meso-Atlântica, a Islândia é muito ativa vulcânica e geologicamente, o que define sua paisagem. O interior é constituído principalmente por um planalto caracterizado por campos de areia,montanhas e geleiras, enquanto vários grandes rios glaciais correm para o mar através das planícies. Aquecida pela corrente do Golfo, a Islândia tem um clima temperado em relação à sua latitude e oferece um ambiente habitável.


A cultura islandesa é baseada no patrimônio das nações nórdicas e no seu estatuto como uma sociedade desenvolvida e tecnologicamente avançada. A herança cultural do país inclui a cozinha tradicional islandesa, a poesia e as Sagas islandesas medievais. Nos últimos anos, a Islândia se tornou uma das nações mais ricas e desenvolvidas do mundo. Em 2007, o país foi classificado como o mais desenvolvido do mundo pelo Índice de Desenvolvimento Humano da Organização das Nações Unidas e com o quarto maior PIB per capita do planeta. Em 2008, entretanto, o sistema bancário do país falhou, causandocontração econômica significativa e agitação política que levaram à antecipação das eleições parlamentares fazendo de Jóhanna Sigurðardóttir a nova primeira-ministra do país.


Uma das teorias sobre o atual povoamento do território islandês afirma que os primeiros habitantes desta ilha chegaram por volta do século VIII d.C, e que eram membros de uma missão de monges eremitas, também conhecidos como papar, provenientes da Escócia e da República da Irlanda, embora não existam sítios arqueológicos que comprovem essas hipóteses. Presume-se que os monges abandonaram a ilha com a chegada dos escandinavos, que se assentaram no período compreendido entre os anos 870 e 930. Um artigo da publicação Skirnir, onde são mostrados os resultados de investigações realizadas com radiocarbono, afirma que o país foi habitado desde a segunda metade do século VII d.C.


Em 31 de dezembro de 1943, o Ato de União expirou depois de 25 anos. A partir de 20 de maio de 1944, os islandeses votaram em um referendo de quatro dias para determinar o futuro da união pessoal com o rei da Dinamarca e a possível implantação de umarepública. No resultado, 97% dos votos puseram fim a essa união e 95% votaram a favor de uma nova constitução republicana. Finalmente, a nação se converteu em república em 20 de junho do mesmo ano, tendo Sveinn Björnsson como primeiro presidente. 


Entre 2003 e 2007, a economia da Islândia se transformou, baseada até então na indústria pesqueira, passando então a ser uma nação que oferecia serviços financeiros sofisticados. Consequentemente, o país foi um dos mais afetados pela crise econômica de 2008, que estendeu até 2009. Esta crise tem resultado na maior onda emigratória islandesa desde 1887. Em meados de 2009, protestos numerosos ante as crises provocaram a demissão governamental, acompanhada pela convocação de eleições gerais para o mês de abril. A Aliança Social-Democrata e o Movimento de Esquerda Verde venceram nos comícios, encabeçados por Jóhanna Sigurðardóttir, que assumiu o poder como nova primeira-ministra. Em novembro de 2010, foi estabelecida uma assembleia popular de vinte e cinco pessoas sem afiliação política, que delegou a responsabilidade de preparar uma proposta para substituir a Constituição do país.


A Islândia está localizada no norte do Oceano Atlântico, um pouco ao sul do Círculo Ártico, que passa pela pequena ilha de Grímsey na costa norte islandesa. Diferentemente da Gronelândia, a Islândia é considerada parte da Europa e não da América do Norte, embora geologicamente a ilha pertença a ambos os continentes. Devido a semelhanças culturais, econômicas e lingüísticas, a Islândia é muitas vezes incluída na Escandinávia. Os territórios mais próximos são a Gronelândia (287 km) e as ilhas Feroé (420 km). A distância mais curta em relação ao resto do continente europeu propriamente dito é de 970 km até a Noruega.


A Islândia é a 18ª maior ilha do mundo em tamanho, e a segunda maior ilha da Europa, atrás somente da Grã-Bretanha. O país tem 103 000 km² de área, do qual lagos e glaciares cobrem 14,3% e somente 23% é coberto por vegetação. O Öskjuvatn é o lago mais profundo, com 220 m. A costa islandesa é repleta de fiordes, e é também na costa que a grande maioria das cidades estão localizadas, porque no interior da ilha além de muito frio, a combinação entre areia e montanhas o torna inabitável. 


Cerca de um terço da ilha fica acima dos seiscentos metros de altitude e as montanhas tomam cores irreais graças à actividade vulcânica, com o sopé muitas vezes debruado a amarelos-enxofre, acompanhado de fumarolas e lagos de lama cinzenta e borbulhante. Este deve ser o melhor local do mundo para observar os movimentos de transformação do planeta. Para além das fumarolas e dos campos de lava, também há géiseres fabulosos, como o Strokkur, que chega a atingir vinte metros de altura - não admira que a palavra géiser venha do islandês geysir.


Devido à grande quantidade de força geotérmica e diversos rios e cachoeiras pelo país provedores de hidroeletricidade, a maioria dos residentes têm acesso a água quente por um preço bem baixo. A ilha é composta principalmente por basalto, Dióxido de silício de lava associado com o efusivo vulcanismo como o do Havaí. Porém, a Islândia possui diferentes tipos de vulcões, que produzem riólito e andesito. A Islândia tem controle sobre Surtsey, uma das ilhas mais novas do mundo. Ela surgiu após uma série de erupções vulcânicas entre o dia 8 de Novembro de 1963 e 5 de Junho de 1968.


Quanto a vulcões, são mais de cem, e o Hekla e o Katla continuam perigosamente activos; mesmo debaixo das calotas de gelo, como a do Vatnajokull, que atinge os mil metros de espessura, brota o fogo da terra, derretendo e alterando constantemente a forma do glaciar. Enquanto ao longo da costa o mar banha os sandur, deltas de areia negra, o interior é de uma aridez lunar: planaltos desérticos de lava em vários tons de negro, rochas enormes, vulcões e rios que descem dos glaciares, mas que não conseguem dar vida às margens. 


De vez em quando, gigantescas quedas de água, como a Dettifoss, que tem o maior caudal da Europa (quinhentos metros cúbicos por segundo), atroam por desfiladeiros cada vez mais profundos. Quanto à actividade sísmica, basta dizer que Thingvellir, local histórico onde se reunia o que é considerado o mais antigo parlamento do mundo, também é o local de encontro entre as placas tectónicas europeia e americana.



Felizmente os islandeses não são indiferentes a nada disto. Faz parte da educação colectiva a responsabilização de cada um em relação a um equilíbrio tão precário, como é o da natureza nesta ilha. De forma pragmática e sistemática, o país aproveita os seus recursos sem os destruir. Por exemplo, o indispensável aquecimento dos edifícios é feito, em mais de 90% dos casos, através do aproveitamento geotérmico; o sistema eléctrico é alimentado quase na totalidade por fontes geotérmicas e hídricas. Mais do que isso, a Islândia tem ainda um projecto pioneiro para aproveitamento do hidrogénio líquido, que deve levar à substituição total dos combustíveis fósseis num prazo de trinta anos.


A única espécie nativa de mamífero quando os primeiros humanos chegaram na ilha era a raposa do ártico, que chegou no fim da era do gelo, andando pelo mar congelado. Não existem espécies nativas de reptéis ou anfíbios na ilha. A única árvore nativa é a Betula pubescens, que originalmente se encontrava em florestas que cobriam boa parte do sul da Islândia. A presença humana alterou seriamente o frágil ecossistema da ilha. As florestas foram intensamente afetadas por incêndios e madeireiras. O desmatamento causou o crescimento da erosão do solo, impedindo o crescimento de novas árvores. Atualmente, apenas alguns arbustos se mantêm em reservas isoladas. Muitos tipos de peixes vivem nas águas oceânicas próximas ao litoral islandês, e a indústria pesqueira é o principal contribuidor para a economia do país, representando mais da metade do seu total de exportações. 


Fontes renováveis fornecem praticamente toda a eletricidade da Islândia e mais de 70% da energia total da nação, com a maior parte do restante vindo de óleo importado usado no transporte e na frota pesqueira. A Islândia espera ser autosuficiente em energia até 2050. A maior usina geotérmica da Islândia está localizada em Nesjavellir, enquanto a represa de Kárahnjúkar será a maior usina hidroelétrica do país. 


Algumas curiosidades da Islândia: Existem algumas crenças tradicionais que continuam em vigor até hoje; Um exemplo é o fato de alguns islandeses acreditam em elfos, ou pelo menos não estão dispostos a descartar sua existência. O país possui excelentes condições para a escalada em neve e pedra. A Islândia também possui o maior número de vitórias em competições de homem mais forte do mundo. Os indicadores sociais revelam que a Islândia é o país com menor índice de mortalidade infantil do mundo e o terceiro em expectativa de vida. O sol acompanha até a madrugada no verão e aurora boreal é comum no inverno.


Existe Surf na terra do gelo, um dos principais picos para o surf é Porlackshöfn, com direitas tipo point-break, fundo de pedregulhos de comprimento normal à muito longo (até 500m). Ventos oeste e sudeste, e vazio durante a semana, com poucos surfistas mais experientes nos findes.


E a temperatura? Já chegou a -38oC. Mas o verão é ameno, com máximas de até 24 oC. Mas se liga, os picos de surf estão no norte, nas regiões mais frias e mais próximas das calotas polares. Então reforça no long e vai! Como esses caras aqui. No vídeo, Dane Reynolds, Dan Malloy e Timmy Curran durante as filmagens de “Castles In The Sky”, de Taylor Steele.


E aí? Quem encara a friaca?

2 comentários:

Paula DaLua disse...

iih carai, eu vouuuuu

Ana disse...

Friiiiioooo