sábado, 14 de abril de 2012

No Golfo do México, pesquisadores encontram golfinhos “severamente doentes”



Às vésperas de o vazamento de petróleo da BP no Golfo do México completar dois anos, pesquisadores e agentes ambientais dos Estados Unidos divulgam dados preocupantes sobre o estado dos animais marinhos na região contaminada pelo óleo.

Os agentes ambientais da NOAA – a agência americana que cuida dos oceanos – iniciaram em 2011 um estudo sobre a saúde física dos golfinhos que habitam o Golfo do México, na região conhecida como Barataria Bay, em Louisiana. Os resultados preliminares, divulgados na última semana, são alarmantes: a maioria deles está severamente doente, com sintomas como anemia, baixo peso, baixo índice de açúcar no sangue, baixo nível de hormônios, além de apresentarem danos no fígado e pulmões. A situação é tão complicada que os pesquisadores temem que grande parte dos golfinhos examinados não sobrevivam. De fato um deles, que foi examinado no final de 2011, apareceu morto em janeiro de 2012.

Como o estudo ainda está nas fases preliminares, os pesquisadores não disseram que o vazamento de petróleo é a causa da doença dos golfinhos. Além disso, a morte dos cetáceos (golfinhos e baleias) no Golfo do México começou antes da explosão da estação Deepwater Horiozon (em abril de 2010). Em fevereiro de 2010, a NOAA decretou um Unusual Mortality Event [Evento não-usual de mortalidade] para os cetáceos, porque em dois meses 114 animais foram encontrados encalhados – muito mais do que a média, que era de 75 cetáceos encalhados por ano.
Se o estado dos animais já era ruim, o vazamento de petróleo tornou a situação ainda pior. Nos meses após o acidente, dobrou o número de cetáceos que foram encontrados encalhados. Desde fevereiro de 2010 até o momento, 706 encalharam no Golfo do México. Infelizmente, 95% desses golfinhos e baleias morreram.

Abs

Ace

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